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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Jurados de alegorias condenam o uso do plotter

Por Guilherme Ayupp

O plotter é uma artimanha disseminada nos desfiles de escola de samba desde o inicio desta década. Trata-se de uma mera reprodução de alguma imagem em alegorias e fantasias. A estratégia visa a simplificar o trabalho artístico e trazer uma maior facilidade de leitura ao componente em que ele é utilizado. Entretanto, se aplicado de maneira excessiva pode comprometer o conjunto visual da agremiação. Ao menos segundo alguns jurados do quesito alegorias e adereços ouvidos pela reportagem do CARNAVALESCO.

Oriunda da Série A a julgadora Rebeca Kaiser avalia o uso do plotter e dos telões de led, outra prática comum nas alegorias no carnaval de hoje. - Eu acredito que tudo precisa se completar. Uma alegoria pode ter diversos recursos artísticos que se complementam. O que eu acho ruim é usar só telão ou só plotter. Aí você perde muito em conceito - opinou.

Segundo Rebeca não há a obrigatoriedade de se apresentar um carro alegórico iluminado, mas que o uso confere maior beleza. - Sou arquiteta e como montagem de cenário a luz ajuda muito. Você perde o encanto se passar apagado. Tudo começa através do livro abre-alas. A partir dali temos a ideia da concepção e a realização se dá no desfile. - pondera Rebeca.

Outro responsável pelo julgamento de alegorias no desfile de 2016 é Madson Oliveira. Sobre a questão da iluminação, ele afirma que depende do projeto luminotécnico. - Não há obrigação de alegoria iluminada, entretanto se fizer parte do projeto e passar apagada é erro e penalizamos - ressalta. Em 2015 a Portela deixou a chance de título escapar por cruzar a avenida com três carros com falhas na iluminação.

Madson também opina sobre o uso do plotter. - O telão de led na minha concepção tem mais recursos. O plotter eu não gosto. É difícil uma alegoria plotada não ficar desproporcional no aspecto visual - reclama o julgador.


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