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segunda-feira, 11 de julho de 2016

Em lua de mel com os portelenses, Paulo Barros revela sentimento de 'plenitude' com o enredo de 2017

Por Guilherme Ayupp

Para dar certo um casamento precisa de respeito, amor, paixão e companheirismo mútuos do casal. Sentimentos que são compartilhados por Portela e Paulo Barros desde a chegada do carnavalesco à escola. A lua de mel de Paulo com os portelenses viveu seu momento de pico com o arrebatador desfile da azul e branca neste ano e segue com a explanação do enredo 'Foi um rio que passou em minha vida e meu coração se deixou levar'. Ao CARNAVALESCO, Paulo Barros se disse realizado por conseguir transferir seu sentimento de plenitude a cada integrante da ala de compositores da Portela.

- Foi o primeiro enredo que eu e minha equipe não brigamos. Tudo fluiu de uma maneira natural. O encadeamento veio de uma forma tranquila. O sentimento é de plenitude e alegria, com esse resultado. A escolha do nome foi fundamental. Acho que tocou o portelense e o não portelense. Nos apossamos de um pedacinho da letra da canção do Paulinho e a sinopse explica o porque que fizemos isso. Preciso que cada compositor sinta o que estou sentindo. Vamos inundar a Sapucaí através dos rios do mundo, passear praticamente pelo planeta inteiro. Vamos acabar no rio azul e branco de Oswaldo Cruz e Madureira - explicou o artista.

Complementando o que explicou na explanação do enredo, Paulo Barros afirma que a Portela vai buscar a inspiração em rios das mais diversas características para inundar a Sapucaí com o seu azul e branco.

- Acho que é o rio que a Portela vai fazer nascer. A gente cria um rio onde todos os rios do mundo contribuem com suas características e vão se incorporando a esse rio azul e branco, criando um novo, invadindo a Sapucaí - afirma Paulo.

Com enredos marcantes em sua trajetória, Paulo Barros não tem edo de arriscar em afirmar que o enredo de 2017 da Portela é um dos mais inspirados de sua trajetória, que em 2017 completa 15 carnavais.

- Considero um prato cheio esse enredo. Se foi um gol não sabemos. Esse tema não foi pensado, de gaveta. Surgiu a partir de algumas coisas que vieram na minha cabeça, canções, histórias do Monarco, comecei a visualizar os rios do mundo. Estou muito feliz com o resultado. Não vou mentir. Esse enredo me tocou. A sensação é de que poucas vezes li uma sinopse e me interrompi tanto. Muitas vezes lia de cabo a rabo e explicava depois. A cada frase eu precisava parar e botar para fora. Se ficou bom ou ruim não sei dizer. Mas botei para fora o meu sentimento - desabafou.

O carnavalesco explica ainda como pretende homenagear Paulinho da Viola, autor da música que empresta um de seus versos para o título do enredo da Portela.

- Na verdade, o Paulinho da Viola é homenageado no sentido de que a ideia partiu da canção dele. O sentimento dele ao ver a Portela é o meu com esse enredo. É um grande presente que ele deu para a gente. Eu não o conheço pessoalmente. Ele me passou a inspiração dele. É uma figura que cativa qualquer pessoa e com certeza vai fechar o desfile com a gente - conclui.

Paulo Barros declarou também ao CARNAVALESCO que as mudanças regulamentares previstas para o Carnaval 2017, como redução do tempo de desfile e no número máximo de alegorias, não vai afetar em nada o desenvolvimento de seu trabalho.

- O meu maior sucesso tinha sete metros de cumprimento e de largura, que foi o carro do DNA. Tamanho não é documento. Viremos com seis alegorias em cinco setores. Estamos prontos para encarar isso tudo. Será um tsunami de alegria, emoção e de Portela - finalizou.


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