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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Mestre Nilo Sérgio apresenta e explica como funciona a bateria da Portela

Por João Santoro

Sempre aguardada pelo público, a bateria de uma escola de samba sabe fazer a diferença durante o desfile, isso não é diferente com a da Portela, a Tabajara do Samba, que neste ano de 2013 quer os 40 pontos para ajudar ainda mais a agremiação. O site CARNAVALESCO começa uma nova série que vai apresentar todas baterias do Grupo Especial e suas características.

O último ano já parece esquecido para mestre Nilo Sérgio, comandante da bateria, segundo ele, as notas "machucaram", entretanto não tiraram o ânimo para o desfile de 2013 – relembrando as notas 9,9/9,7/10/9,7. No carnaval em que a Portela aboradará madureira, Nilo levará para a Avenida 300 ritmistas e planeja algumas bossas relacionadas ao enredo, como o próprio explica: - Duas bossas, um jongo e uma mais longa com diferencial de marcação, um estilo charme. Não quero confundir o jurado. A bossa será mesmo no estilo charme, e não funk.

Poucas são as pessoas que conseguem distinguir uma bateria da outra, e o comandante fala sobre a característica de sua bateria: - São as marcações, o peso da bateria, e agora quero colocar as caixas juntas e fazer um conjunto. Porém, as marcações da Portela são o diferencial.

Pensando em fazer diferente do último ano, Nilo, que não queria coreografar a bateria esse ano, acabou se rendendo aos passos marcados. A ideia é mostrar o valor de sua bateria e fazer diferente de 2012: - Vamos mudar um pouco, não vamos ousar tanto. Tínhamos bossas montadas, mas já caíram, agora estamos ensaiando outro tipo de bossa para poder arregaçar na Sapucaí.

Em uma das justificativas do ano passado, o jurado Cláudio Luís Matheus, do primeiro módulo, pontuou que faltou criatividade para a bateria e, com isso, três décimos foram tirados. Ao ser questionado sobre o que é mais importante entre criatividade e sustentação do samba, o mestre foi direto: - As duas coisas. A sustentação do samba com canto e dança, e também não podemos esquecer o público ali presente, precisamos inovar. A sustentação é a harmonia. Se passarmos com a bateria reta as pessoas que pagam uma nota para assistir o desfile não vão gostar. Eu sou muito adepto da inovação, tem que ter.

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