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terça-feira, 17 de novembro de 2015

Museu do Samba lança pacote turístico

By Felipe Araújo

Salve, salve!

O Museu do Samba está lançando um pacote turístico especialmente criado para grupos de brasileiros e estrangeiros que desejem visitar a instituição. Batizado de “Vivência do Samba”, o novo produto inclui quatro atividades: visita às exposições permanentes; workshop de samba no pé; prova de fantasias de escolas de samba e uma tradicional feijoada, item gastronômico tradicional das agremiações cariocas.

“O samba é um gênero vivo, dinâmico e em constante evolução. Por isso o Museu criou uma programação em que o visitante conhece a história do samba e também vivencia seu ritmo, sua gastronomia e interage com sambistas que brilham nas grandes escolas do carnaval do Rio de Janeiro”, explica Nilcemar Nogueira, diretora do Museu e neta de Cartola e de Dona Zica da Mangueira.

O espaço já firmou contrato com uma agência de viagens e negocia parceria com uma rede de hotelaria. “Normalmente em janeiro e fevereiro, devido à temporada pré-carnavalesca, o público de turistas tende a aumentar. No entanto, desde a Copa do Mundo de 2014, identificamos um nicho para criação deste tipo de pacote, pois a visitação turística se tornou mais regular e tende a permanecer assim com a proximidade dos Jogos Olímpicos Rio 2016”, conta a gerente de desenvolvimento institucional do Museu do Samba, Joana Gomes Pereira.

O pacote “Vivência do Samba” começa com uma visita, guiada por pesquisadores do Museu, às exposições “Samba, patrimônio cultural do Brasil” e “Simplesmente Cartola”. No workshop “Caindo no Samba”, o visitante aprende os passos do samba e a tocar os principais instrumentos de uma bateria, tendo como instrutores experientes passistas e ritmistas oriundos de escolas tradicionais como Mangueira, Portela e Salgueiro.

Durante a programação, os turistas veem de perto algumas fantasias que já desfilaram no Sambódromo do Rio de Janeiro em carnavais recentes e podem ainda fazer fotos vestidos como foliões. Na etapa final do pacote, é servida uma feijoada preparada por Tia Nelcy, atual presidente da ala das baianas da Mangueira e neta de Dona Neuma, uma das maiores personalidades da história da Verde e Rosa. Outras informações sobre o pacote “Vivência do Samba” podem ser obtidas pelo e-mail contato@museudosamba.org.br.

Sobre o Museu do Samba – O Museu do Samba surgiu a partir do Centro Cultural Cartola, fundado em 2001 por Nilcemar Nogueira, neta do compositor. Inicialmente debruçado sobre a memória do sambista e sua obra antológica, o Centro Cultural Cartola foi se tornando referência em pesquisa, preservação de memória, guarda e mostra de acervos, além de atividades culturais e musicais focadas no samba carioca. Em 2007, pesquisa conduzida pela centro cultural serviu como base para o reconhecimento, pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), do samba carioca como Patrimônio Cultural do Brasil.

Após consultoria patrocinada pela Fundação Ford, ao longo de 2015, a instituição passou a se chamar Museu do Samba, consolidando assim um perfil que já vinha desenvolvendo na prática. Entre as atividades institucionais do Museu estão exposições fixas, temporárias e itinerantes, projetos com as redes pública e particular de ensino, rodas de samba de terreiro e partido alto, eventos gastronômicos, guarda de acervos pessoais e coleta de depoimentos audiovisuais de personalidades ligadas à produção artística e cultural do gênero e das escolas do samba.

“O novo conceito de museu vai além da guarda e mostra de acervos. É baseado na interação e na vivência de experiências culturais, além do aprendizado histórico. Assim surgiu o Museu do Samba, da própria história depositada e vivida aqui pelos sambistas desde 2001”, explica Nilcemar Nogueira, diretora do Museu do Samba.



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